De Marinho Pinto, fora o espalhafato por vezes engraçado, já não vale a pena esperar muito.
Depois de, há não muito tempo, se lembrar que os processos criminais contra Mário Machado e demais compinchas fascistas, serem processos políticos, por causa da sua ideologia, como se estes espécimes não tivessem sido encontrados com dezenas de armas ilegais em casa, além das ameaças e propaganda racista, teve agora nova tirada...
Defende este senhor que os sindicatos dos magistratos deviam ser abolidos, porque "transformaram a independência da função e dos tribunais num privilégio de classe, deixando de ser garantia e direito dos cidadãos, do povo, em nome de quem a Justiça é administrada"...
Claro que sim, aliás, as políticas de sucessivos governos não têm nada a ver com a degradação da justiça, a culpa é mesmo dos sindicatos. Sócrates não diria melhor.
O argumento é que a justiça é um órgão de soberania do Estado, portanto estando no seu topo, não tem patrão, logo não se justifica a existência de sindicatos para estes profissionais.
Que é um órgão de soberania, ninguém duvidará, que não tenham patrão, já se duvidará, agora, que não têm a sua actividade laboral definida políticamente por governos, isso ninguém acredita.
Se a sua vida laboral é condicionada por decisões políticas, têm todo o direito a ter um sindicato que defenda os seus direitos laborais.
Só um burro não percebe isso. A Marinho Pinto, só lhe falta cair também.
Foto: http://www.wildhorsepreservation.com/images/archive/burro1.jpg