Não faltam exemplos das relações entre a Igreja e o Estado, em Portugal como noutros países. Por cá, da Concordata à submissão aos interesses da Igreja, aos capelões nos hospitais e prisões, à disciplina de Religião e Moral Católica nas Escolas...
Para não falar dos financiamentos indirectos à Igreja, por parte do Estado, via IPSS's da Mesericórdia, por exemplo, ou o Ensino Superior Particular e Cooperativo, etc.
Claro está, não chega, nem à Igreja, nem ao Estado, nem ao capital. E, de resto, há que agradecer os pequenos favores, que não vêm só do divino, mas também dos sucessivos Governos. Há que dar, portanto, ópio ao povo.
Assim, temos a Diocese do Porto a ajudar o Governo na ofensiva aos trabalhadores, corporizada na proposta governamental de revisão do Código de Trabalho.
Visto que o Governo não o consegue, nada como os beatos amigos organizarem umas sessões com Vieira da Silva para elucidar os crentes, com palavras bonitas.
É sempre agradável quando os papéis de classe se clarificam...